A CETS

A Carta Europeia de Turismo Sustentável - CETS é um galardão outorgado pela Federação Europeia de Parques Nacionais e Naturais – Federação EUROPARC aos espaços protegidos e/ou classificados que se comprometem a desenvolver um turismo de qualidade, promotor da atividade económica, respeitoso e compatível com a conservação do meio ambiente e o bem-estar da população local. 
A CETS é atualmente a rede europeia de turismo sustentável mais antiga (desde 2001), mais vasta (99 destinos) e mais diversa (15 países).
Mais do que um galardão, a CETS é uma metodologia de planeamento participado desde o diagnóstico do território do ponto de vista turístico, ambiental e social, até à definição de uma estratégia para o desenvolvimento, de uma forma sustentável, do seu turismo. Isto implica um compromisso com os princípios da Carta por parte das instituições, empresas e população do território, bem como o desenvolvimento de um conjunto de ações, ao longo dos 5 anos de validade da Carta, que permitam atingir os objetivos previamente estabelecidos.

Visão

O Turismo Sustentável nas áreas protegidas e/ou classificadas europeias proporciona uma experiência de elevada qualidade, salvaguarda os valores naturais e culturais, contribui para a qualidade de vida da população local e é economicamente viável.

Missão

Através da atribuição da Carta Europeia do Turismo Sustentável em Áreas Protegidas e/ou Classificadas, a Federação EUROPARC procura salvaguardar os valores culturais e naturais estimulando um turismo sustentável de qualidade, criando parcerias para apoiar a economia local, aumentar a consciencialização sobre a necessidade de sustentabilidade e promover a cooperação internacional.

Princípios da CETS

Os seguintes princípios devem orientar a gestão e o desenvolvimento do turismo nas Áreas Protegidas e/ou Classificadas: 

1. Dar prioridade à proteção

Uma prioridade fundamental para o desenvolvimento e gestão do turismo sustentável deve ser a proteção do património natural e cultural do território e a consciencialização, compreensão e valorização do mesmo.

2. Contribuir para o desenvolvimento sustentável

O Turismo Sustentável deve seguir os princípios do desenvolvimento sustentável, o que significa abordar todos os aspetos do seu impacto ambiental, social e económico a curto e longo prazo.

3. Envolver todos os interessados

Todos os agentes (públicos e privados) de alguma forma implicados no setor do turismo devem ser convidados a participar nas decisões sobre desenvolvimento e gestão do turismo sustentável no seu território, promovendo-se o trabalho em parceria.

4. Planificar o desenvolvimento turístico sustentável de forma eficaz

O desenvolvimento e a gestão do Turismo Sustentável devem ser guiados por um plano bem definido que estabeleça objetivos e ações acordados pelas partes.

5. Prosseguir a melhoria continua

O desenvolvimento e a gestão do turismo devem proporcionar a melhoria contínua nos impactos ambientais, na satisfação dos visitantes, no desempenho económico, na qualidade de vida da população local, o que requer acompanhamento e monitorização contínua e comunicação regular dos progressos e resultados.

Rede europeia de territórios CETS 

Até à data, o galardão Carta Europeia de Turismo Sustentável foi atribuído a 99 entidades correspondentes a destinos que integram espaços protegidos e/ou classificados dispersos por 15 países europeus (Alemanha, Croácia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia, Portugal, Reino Unido, Sérvia e Suécia).



Rede nacional de territórios CETS 

 Em Portugal existem cinco territórios galardoados com a CETS: 
  • Parque Nacional da Peneda-Gerês (desde 2002, reavaliado em 2008 e 2014)
  • Terras do Priolo (municípios da Povoação e Nordeste na Ilha de São Miguel) na Região Autónoma dos Açores (desde 2012, reavaliado em 2017)
  • Montanhas Mágicas (constituído pelos municípios de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra - desde 2013, reavaliado em 2018)
  • Alto Minho (desde 2015, reavaliado em 2021)
  • Terras do Lince (desde 2016)

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